segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA ESCOLA DE TODOS E PARA TODOS


Graciele Da Silva Scheit ¹

SUMÁRIO: 1. Introduções; 2. Considerações Finais;


RESUMO: Pretendo com a construção do presente artigo aprofundar meus conhecimentos em relação ao assunto Educação Inclusiva, e trago como conhecimento que, para realizar qualquer trabalho educativo que tenha como finalidade a contribuição para cidadania.
Palavras Chaves: Educação Inclusiva, Conhecimento E Diferença



INTRODUÇÃO


É necessário que o professor participe a participação do professor na construção de projetos pedagógicos da escola, obtendo um conhecimento critico da realidade dos alunos. Para isso é preciso desenvolver um trabalho em conjunto com os alunos e demais membros da comunidade, com troca de experiências e saberes para daí construir o conhecimento que possibilite ao aluno o melhor.
Quando foi passado para nós alunas de Pedagogia que teríamos que construir um artigo e seria nos dado a opção de cinco temas dentre eles a Educação Inclusiva, me perguntei muitas vezes se estaria fazendo uma boa escolha. Partindo de algumas fragilidades (dificuldade do professor trabalhar em sala de aula com toda turma e com aluno que apresenta necessidade especial não grave), de minha escola parceira e de meu coração optei pela Educação Inclusiva; por achar que todos os indivíduos podem aprender uma vez que nos profissionais da educação planejamos em torno deste prévio conhecimento, conhecendo a realidade de cada aluno e as necessidades individuais de cada um. Todos podem ser beneficiados com a inclusão, basta trabalhar em equipe que a escola será um lugar de aprendizagem para todos
A educação inclusiva é um tema que provoca polêmica e inquietação e talvez, no entanto não deveria ser assim, e por isso optei escolher a Educação Inclusiva dentre outros temas.
A inclusão tem como objetivo reconhecer a diferença e a deficiência, assim sendo tem a função de transformar as escolas para atender as necessidades individuais de todos os educandos respeitando todas as diferenças, sendo assim, a mesma tem como conseqüência de promover um ensino de qualidade para todos os alunos.
A inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o beneficio de todos os alunos com e sem deficiência. Ensinar é marcar um encontro com o “outro” e a inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do outro, esse que não é mais um individuo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência ou com o qual convivemos certo tempo de nossas vidas.
Desta maneira percebe-se que o processo de inclusão provoca e exigem das escolas brasileiras, novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem suas práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais da maioria das escolas brasileiras de nível básico.
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade por meios da adequação das práticas pedagógicas e da diversidade dos aprendizes. Pois não apenas os deficientes são excluídos, mas também aqueles que são pobres ou não vão mais a aula porque trabalham os que pertencem a grupos discriminados e ainda aqueles que de tanto repetir o ano desistiram de estudar.
  Também é importante salientar que muitas pessoas confundem e educação inclusiva da à educação integrada que parecem ser semelhantes, porém existem diferenças entre ambas.
Na Educação Integrada o aluno deficiente tem que se adaptar aos parâmetros de normalidade, tem que se enquadrar aos pré-requisitos da classe. Caso ele não faça parte é colocado no ensino especial.
Na Educação Inclusiva, é ao contrário, não se espera que o deficiente se adapte aos alunos normais. O que se espera é que ele atinja o Maximo da sua potencionalidade, junto com os alunos “normais”. Por isso a Inclusão visa não são os deficientes que tem que se adaptar aos normais, mas quem tem que aprender a conviver com os deficientes.
Existem muitos obstáculos que não permitem a implantação da educação inclusiva nas escolas, podem ser elas culturais, ideológicas, financeiras, institucionais, resistência da família dos pais das crianças sem deficiência; preconceito uma vez que a inclusão não se refere obviamente a alunos com deficiência, mas também a crianças com dificuldades na aprendizagem, jovens que moram nas ruas, índios, ciganos, negros entre outros.
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiências em suas turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus professores.
No (meu) município de Erval Seco (possui) a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) sendo que a mesma esta registra como escola de Ensino Fundamental e os profissionais que lá atuam, possuem formação e capacitação para atendê-los. Sabendo que um educando, não pode possuir duas matriculas numa Instituição de Ensino, e por esse motivo os mesmos portadores de necessidades educacionais especiais são atendidos somente na APAE, ficando para o ensino fundamental regular, somente os alunos portadores de “leves” deficiências ou com dificuldades de aprendizagem (como por exemplo, dificuldade de escrever causados por problemas mentais), que por sua vez passam por exames psicológicos atestando se eles podem ou não freqüentar o ensino regular. Assim a inclusão na minha escola parceira não acontece na sua totalidade.
Já em minha escola parceira, que eu acompanho que é a Escola Estadual de Ensino Médio Olivía de Paula Falcão, observei que a inclusão dos alunos com dificuldades de aprendizagem como, por exemplo: (não acompanhar o “raciocino” como os outros alunos, não conseguir escrever, ter dificuldade para ir ao banheiro sozinho) não acontece como deveria.
Após observar algumas aulas em uma turma onde apresentam alguns alunos que possuem algum tipo de dificuldade, por apresentarem problemas mentais, posso dizer que a escola não faz seu papel e não dá suporte a professora; pois a mesma é desmotivada e sem uma preparação adequada, não acredita que pode fazer algo para aquele aluno tenha uma aprendizagem adequada e de direito para si; uma vez que a própria família do aluno não aceita que seu filho apresente algum tipo de deficiência ou dificuldade em aprender causado pela deficiência. Por essas razões, e de certa forma eu acredito que a escola não esta incluindo estes alunos, mas sim contribuindo pra uma forma de exclusão.
Muitas vezes as dificuldades de aprendizagem podem ser decorrentes de problemas sociais e familiares que acontecem antes da criança entrar para a escola. É preciso que a própria família observe seus filhos, se os mesmos estão com alguma dificuldade de aprendizagem, quanto antes diagnosticado, mais chances de resultados positivos essas crianças terão.
Penso que os professores que não têm vontade de educar os alunos com necessidades educacionais especiais, e voltarem seus ensinamentos somente para aqueles os alunos que não possuem deficiência, estão prejudicando muito esses alunos especiais, pois com certeza existem muitos professores assim; até mesmo em minha escola parceira alguns professores aguardam ansiosamente o fim do ano para se “livrarem” daquele aluno, essa atitude resultaram, conseqüentemente, numa ação desastrosa para educação do país.
Como futura educadora, eu quero fazer a diferença e acredito que o meu melhor ponto de partida será a investigação sobre a realidade que assume papel importante no processo de aprendizagem; na medida em que possibilita um conhecimento ampliado das características das famílias dos alunos, da estrutura de atendimento aos mesmos, como na saúde, cultura, esporte, lazer etc. Conhecendo criticamente essa realidade, posso afirmar que terei condições de pensar em conteúdos significativos que me orientem na construção e no desenvolvimento de um bom trabalho em cima da realidade. A partir dessa realidade a escola poderá ter como ponto de partida a elaboração de um currículo escolar que reflita o meio social e cultural que se insere. Penso que para caminhar para uma educação de qualidade, o primeiro passo é estimular as escolas para que elaborem uma autonomia e de forma participativa o seu PPP.
Portanto, para pensar em “fazer educação para todos” é preciso, mais que determinação, é preciso que principalmente aconteça um trabalho em grupo e que profissionais da área como diretores, coordenadores, professores e outros se sintam engajados nessa proposta. Não é tudo, mas já ajuda bastante agir com profissionalismo, responsabilidade e comprometimento. “Isto é de fato, é querer arregaçar as mangas e por a mão na massa”.
Considerações Finais
Concluo que o desafio é construir e por em prática no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender aos alunos cujas situações pessoais e características de aprendizagem correspondentes requereram uma pedagogia diferenciada. É importante que lutemos para que a sociedade aceite de uma forma natural todos aqueles que não obedecem a esse padrão comum, construído ao longo dos tempos pelas experiências, pelas aprendizagens, pela forma de estar e de ser de cada comunidade. E que a inclusão para alunos portadores de necessidades especiais em classe comum do ensino regular somente terá condições de se concretizar quando realmente houver respeito e a aceitação á diferença, quando não existirem mais o preconceito, a discriminação e a ignorância.
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.” (Declaração Universal dos Direitos humanos, artigo. I 1948).


¹Acadêmica do Curso de Pedagogia – UFPEL – Pólo Seberi – RS

AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Loreni Rodrigues da Costa1


Resumo
Procurei mostrar no trabalho a importância que a brincadeira e do brincar representam durante a infância para um desenvolvimento saudável da criança. Também mostra um pouco da realidade de algumas crianças que simplesmente não vivem a infância como deveriam. É papel do educador estimular através dos jogos e brincadeiras a criança para que ela melhor desenvolva suas habilidades, toda criança tem o direito de viver a infância de forma correta, ou seja brincando, criando e imaginado.
Infância-criança-brincadeira-brincar




Introdução

O presente trabalho visa relatar uma das melhores fases da vida: A infância, para tanto realizou-se uma pesquisa na Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Sarturi, escola esta onde realizo minha parceria do curso de pedagogia.
Na escola observei os alunos em geral, mas em especial os da pré-escola onde pude perceber de que maneira são realizadas as brincadeiras e o brincar.
Deste modo entendi a importância do brincar e das brincadeiras na Educação Infantil, comprovando na realidade da escola e na teoria de alguns estudiosos.
Mesmo sendo de suma importância e assegurado por lei nem todas as crianças desfrutam do brincar e das brincadeiras, essas crianças vivem uma cruel realidade como mostra o documentário Italiano: Crianças Invisíveis do Diretor Mehdi Charef, o qual retrata a realidade enfrentada por crianças de várias partes do mundo.
Também ressalta que os educadores devem dar mais importância para as brincadeiras nesta fase, para que a criança tenha um desenvolvimento saudável.


Infância melhor idade para brincar

Considera-se como Educação infantil, o período de vida escolar em que se atende, pedagogicamente, crianças com idade entre 0 e 05 anos e 11 meses(Brasil), segundoBoz. Na Educação Infantil, as crianças são estimuladas, através de atividades lúdicas e jogos, a exercitar suas capacidades motoras, fazer descobertas, e iniciar o processo de letramento.
A Educação Infantil tem grande importância no desenvolvimento da criança, já que as atende nos seus primeiros anos e é nestes que as mesmas aprendem e desenvolvem valores que levam para toda a vida. A Educação nesta fase tem de ser de forma prazerosa e lúdica, mas que ao mesmo tempo integre com o social e cultural.
Boz (2007, p.08) contribui neste sentido:
A proposta pedagógica da Educação Infantil deve levar em consideração o desenvolvimento da criança, despertando a autonomia, a criticidade e a responsabilidade. Sendo assim, o trabalho da Educação Infantil deve ter como base a realidade sociocultural da criança, as áreas do desenvolvimento (cognitiva, sócia afetiva e psicomotora) e do conhecimento (âmbito do conhecimento de mundo e âmbito de formação pessoal e social).

A melhor forma para desenvolver todos essas aspectos na criança na Educação Infantil é através do brincar, ou seja, de jogos e brincadeiras.
Há muito tempo discute-se a questão dos jogos e brincadeiras e sua importância no desenvolvimento da criança. Definir a brincadeira não é fácil, de acordo com Kishimoto (1997) apud Robles (2000, p.1) “...uma criança atirando com um arco e flecha pode ser uma brincadeira ou pode ser uma criança que está se preparando para a arte da caça (como num contexto indígena)”.
Nos dias de hoje não se pode falar da educação infantil sem que se fale nos jogos e brincadeiras que fazem parte desta faze.
Lourenço Filho (1959, p.79-80) afirma:
[...] não se pode tratar de questões da pedagogia atual sem que se fale de jogo e atividades
livres. Como hoje observam graves filósofos, a cultura humana brota do jogo, e nele, só
Por ele, vem a desenvolver - se. Pelo menos, o jogo é anterior a qualquer construção da
Cultura, o que demonstra que por ele é que manifestam as forças criadoras do homem.

Vários autores têm caracterizado a brincadeira como a atividade ou ação própria da criança, voluntária, espontânea, delimitada no tempo e no espaço, prazerosa, constituída por reforçadores positivos intrínsecos, com um fim em si mesma e tendo uma relação íntima com a criança. Assim pode se dizer que o brincar faz parte da infância, porém em várias ocasiões os adultos (pais ou professores) propõem determinadas atividades para as crianças que parecem não cumprir esses critérios, mas que são chamadas de "brincadeiras" pelos adultos.
Para Wajskop:
São várias as dificuldades que existem com relação à definição e caracterização da brincadeira, entretanto, é certo que a brincadeira assume um papel fundamental na infância. Numa concepção sócia cultural, a brincadeira mostra como a criança interpreta e assimila o mundo, os objetos, a cultura, os afetos das pessoas sendo um espaço característico da infância. (1995, p.41)

Neste sentido observei os alunos da turma da pré-escola e fiquei me perguntando quais as brincadeiras adequadas para essas crianças? E o que realmente é considerado "brincadeira" por eles?
Nós educadores devemos tomar cuidado nesse aspecto, pois a brincadeira deve ser o momento de alegria descontração e não de opressão. Por exemplo: brincar de show livre tudo bem, a maioria adora cantar, mas e aquele que é quietinho e não gosta de cantar será que ele vai gostar de brincar de show livre? Neste momento o educador deve respeitar essa criança e não obrigar a fazer o que não quer.
As brincadeiras e o brincar proporcionam a aquisição de novos conhecimentos, desenvolvem habilidades de forma natural e agradável. O brincar é uma das necessidades básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo. Maluf (2003, p.21) expõe em relação a isso:

Toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, conseguirá superar com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia.
A criança privada dessa atividade poderá ficar com traumas profundos dessa falta de vivência. Quando a criança brinca ela está vivenciando momentos alegres, prazerosos, além de estar desenvolvendo habilidades.

Assim mais uma vez destaco a importância das brincadeiras e do brincar, não só na Educação Infantil, mas também durante todo o período escolar.
Reforçando,

Algumas escolas já estão dando o devido valor ao brincar. Estão levando cada vez mais as brincadeiras, os jogos e os brinquedos para a sala de aula. Os professores, aos poucos, estão buscando informações e enriquecendo suas experiências para entender o brincar e como utilizá-lo para auxiliar na construção do aprendizado da criança. Quem trabalha na educação de crianças deve saber que podemos sempre desenvolver a motricidade, a atenção e a imaginação de uma criança, brincando com ela. O lúdico é parceiro do professor. (MALUF, 2003, p.29).

Sendo assim, fica claro que o incentivo do professor para o ato de brincar é fundamental. Certamente brincar não é ou será perda de tempo, ou atraso de conteúdos como afirmam alguns educadores, mas desenvolvimento, amadurecimento, criatividade e além de muitos outros aspectos que o brincar proporciona as crianças.
Apesar do brincar ter grande importância no desenvolvimento da criança, e da mesma ter em lei assegurado esse direito, nem todos desfrutam do mesmo, infelizmente há um grande número de crianças e adolescentes que não estão vivendo a infância de forma adequada, muitas vivem em situações lamentáveis, em uma constante luta pela sobrevivência.
Situações como essas são mostradas no documentário Italiano: Crianças Invisíveis do Diretor Mehdi Charef (2005), que relata a realidade em que vivem crianças de várias regiões do mundo, uma realidade triste de crianças que não tem chances de terem uma vida de criança, que são exploradas, que vivem no meio da guerra. Guerra de sobrevivência.
Este tem o nome “Crianças invisíveis”, acredito eu, que devido as crianças do filme não viverem como deveriam. Vivem exploradas sem proteção, sem escola, sem moradia, sem uma vida digna. Müller e Rodrigues (2002) apud. Lara (2005, p.2) "Percebem que meninos e meninas que moram na rua buscam e criam formas diversas de sobreviver aos processos de marginalização, sendo parte delas associadas ao brincar.". O documentário retrata duas crianças que moram na rua e que condiz com a citação de Müller e Rodrigues. Elas trabalham catando latinha e papelão, porém demonstram uma certa alegria, fazem do trabalho uma brincadeira. Talvez assim esqueçam a cruel realidade em que vivem.
Assim podemos concluir que a brincadeira faz parte da vida das diferentes crianças, nas diferentes realidades, quando a criança brinca vive o “momento de criança”.
O livro com olhos de crianças de Francisco Tonucci, contribui com este trabalho provocando através de imagens a reflexão entre a parceria e o estudo teórico realizado até o momento.
A imagem nomeada “O arquiteto: um espaço para a criança”, mostra que a criança ao ingressar na escola, imagina a mesma como um lugar encantador, onde ela vai encontrar-se consigo mesma, e realizar todos os seus desejos, colocar para fora seus sentimentos. Porém alguns acabam se decepcionando, pois a escola às vezes dá ao aluno somente o estudo, minha escola parceira aos poucos está se modificando, está entendendo que a escola vai muito além de um lugar para estudar.
A imagem nomeada “A criança tem um corpo e uma História”, ilustra a importância de valorizar a criança e sua história, ou seja, trabalhar baseado na realidade de cada educando, como nos mostra a imagem cada um tem um corpo e uma história.
A imagem nomeada “Entre a casa e a escola”, mostra que a criança as vezes é reprimida pelas mães em casa para que não se suje, então acaba muitas vezes sem saber o que fazer, quando tem atividades que pode se sujar na escola. Ela fica dividida entre a mãe e a professora, o fato é que toda criança precisa ser livre para brincar e se sujar, pois tudo isso faz parte da infância.
Assim concluo enfatizando que o brincar, é de suma importância na Educação Infantil. “O brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos, desenvolve habilidades de forma natural e agradável. Ele é uma das necessidades básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo.” (MALUF, 2003, p.09)

Conclusão:


E através das brincadeiras que a criança faz novas amizade, melhora seu relacionamento com seus pais, educadores e entre colegas em um ambiente lúdico, tranqüilo.
Posso afirmar através de experiências vivenciadas com brincadeiras que a criança melhora a sua comunicação, a convivência e a interação grupal. Ela institui-se através da brincadeira,ou seja,ela aprende brincando.
Nas brincadeiras podemos observar, diariamente, a sua socialização, suas iniciativas, a linguagem, seu desenvolvimento motriz. Numa encantada forma de faz-de-conta a criança copia modelos e vivencia a seu modo, preparando-se assim para o futuro, experimentando as atividades e a realidade de seu meio.
A criança, através das brincadeiras, assimila valores, assume comportamentos, desenvolve diversas áreas do conhecimento, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. No convívio com outras crianças aprende a dar e receber ordens, a esperar a sua vez de brincar, a emprestar e tomar emprestado, a compartilhar momentos bons e ruins, a ter tolerância e respeito, enfim, seu raciocínio e desenvolvido de forma prazerosa. A criança também encontra nas brincadeiras equilíbrio entre o real e o imaginário, alimenta sua vida interior, descobre o mundo.
Assim sendo o educador deve valorizar e estimular a brincadeira e o brincar para que nossos alunos possam desfrutar da mesma e ter uma infância saudável.
REFERÊNCIAS


BOZ, Claudia Gaertner, Orientações Metodológicas. 2007.

CHAREF, Mehdi; LUND Kátia; LEE, Spike; et al. Documentário “crianças invisíveis”. Itália, 2005.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Brincar e suas Teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

LARA, Micheli Larissa.PIMENTEL, Giuliano Gomes de Assis.RIBEIRO, Deiva Mara Delfine. Et al. Brincadeiras cantadas: Educação e ludicidade na cultura do corpo, in: http://www.efdeportes.com/revista digital-Buenos Aires-nº81, fevereiro/2005.

MALUF, Ângela Cristina Munhoz, Brincar: Prazer e Aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes 2003.

MEC. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 2. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 18 de outubro de 2009, 17h30min.

ROBLES, Heloisa Menezes Estopa. A brincadeira na Educação Infantil. Disponível em: www.profala.comartpsico79. Pesquisado em: www.google.com.br

SILVA, Lea Shtallshmidt.GUIMARÃES, Adriana Batista.VIEIRA, Cristiane Elisa. Et al. O brincar como portador de significados e práticas sociais. In: revista do departamento de psicologia-UFF, v 17-nº2, p.07-87, julho/dezembro, 2005.

VYGOTSKI, L.S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

TONUCCI, Francisco. Com olhos de criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

WAJSKOP, G. O brincar na Educação Infantil. Cadernos de Pesquisa, 1995.


1 Aluna do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O BRINCAR NA EDUCAÇÂO INFANTIL



Luciane Emilia Krenchinski Bossi1
RESUMO
As brincadeiras na educação infantil hoje é a prioridade nas escolas de series iniciais, pois é a fase que a criança aprende a dividir, socializar e ser livre para fazer o que quiser. O brincar é mais do que uma simples atividade é uma situação privilegiada da educação infantil, que possibilita que a criança, de maneira prazerosa se divirta e interprete o mundo em que vive. É brincando que a criança aprende a aprender assim a importância do brincar na educação infantil.

Palavras-chave: Brincadeiras, Infantil, criança, educação.


INTRODUÇÃO

Tendo realizada a seguinte pesquisa sobre as brincadeiras na educação infantil, nela vamos encontrar como se pretende conhecer e aprofundar os conhecimentos relacionados com a prática do brincar na pré-escola, a criança para crescer precisa brincar, imaginar e inventar, essa é a maneira que a criança encontra de manifestar-se. As crianças precisam brincar independente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, pois a brincadeira é essencial a sua vida, traz conhecimento, organizam-se de maneira que traz benefícios ao seu desenvolvimento afetivo, emocional e cognitivo.
O brincar para a criança se torna uma atividade séria, na brincadeira elas se comunicam com o mundo. A escola é o meio onde ela aprende a conviver em grupo e a se socializar, expondo seus limites. Brincar, praticar esportes e se divertir é recursos necessários ao aprendizado e ao desenvolvimento físico, social, psíquico e moral, brincar é uma característica da infância, não brincar significa o rompimento com o estar bem e ser feliz.
AS BRINCADEIRAS NA ESCOLA

Ser criança é brincar, e significa aprender a se desenvolver. Vejo na escola que nas horas de brincadeiras, alunos, professores, se envolvem, nisso a criança alivia suas tensões e equilibra seu estado emocional, ela constrói fantasias, e nestas todos participam e se tornam autores de seus papeis elaborando e colocando em pratica sua imaginação e conhecimento, os professores nesse momento trocam de posição com os alunos, se tornando alunos e orientados por eles, nessa organização propicia benefícios indiscutíveis no desenvolvimento e no crescimento da criança, contribuindo nas capacidades afetivas, emocionais, motoras e cognitivas.
A brincadeira é infantil, e percebo que adultos não podem ficar de fora, devem sempre dar espaço físico e emocional á espontaneidade e criatividade da criança, levando em conta a realidade em que vive, qualquer coisa pode virar brinquedo, praticamente tudo ao seu redor pode se transformar para brincar. O mundo imaginário dessas crianças faz com que expressem suas ações, essas podem ser favoráveis ou não, vejo na escola parceira, que crianças onde sua realidade familiar é orientada pelos pais de acordo com a escola, é bem diferentes das demais onde tem pouca formação, por isso tudo se torna importante na fase infantil é onde transmitam tudo aquilo que elas pensam ou estão sentindo, é na atividade lúdica La na escola que percebe-se. Muitas vezes a criança usa o brinquedo como um refugio a pressão real, porque a criança no mundo de suas brincadeiras, pode fazer ou ser o que na vida real ainda não lhe é permitido. Neste sentido Fortuna (2009) apud ZERO HORA (2009) contribui: “A brincadeira se baseia na criação, na invenção de novos papeis, na transformação do que não é em algo que pode vir a ser: brincando, posso ser qualquer coisa”, é ai que elas se transformam em seres diferentes do que realmente são, imaginam mesmo. Para a criança, a brincadeira é uma atividade muito séria,quando brinca, ela experimenta, constrói e se comunica com o mundo, assim desenvolve sua personalidade.
Para isso toda criança tem o direito de estudar e ser livre para ser criança, mas muito dessa vontade não é real, no Documentário “Crianças Invisíveis” (2005) vemos uma parte de nossas crianças que deveriam estar nas escolas ou sendo crianças apenas não tendo este “privilégio”, pois ou são obrigadas a roubar, ou trabalhar, pelos próprios pais, pais esses que deveriam educá-los para o bem, mas a realidade da pobreza que faz com que trabalhem para poder sobreviver para ter um prato de comida ou a angústia de conviver com pais separados que acham que diante disso não tem mais sentido a vida. É ai que percebemos essa realidade não tão diferente da nossa, pais despreocupados em ofertar tempo para o estudo e o ato de brincar, acham que crianças devem trabalhar, e forçam em tarefas domésticas; mas não é uma visão tão cruel quanto do documentário, assim que se tornam adultos irresponsáveis e antes do tempo perdem a fase mais importante da vida que é a infância, onde deveriam brincar ser criança e viver nesse mundo de inocência, o Estatuto a Criança e Adolescente em seu Art. 16 reforça: “O direito á liberdade compreende os seguintes aspectos: IV- brincar, praticar esportes e divertir-se.”
Tonucci (1997) em seu livro Com Olhos de Criança contribui através de Imagens para a reflexão a cerca do estudo em questão. Neste sentido, duas de suas ilustrações são trazidas para o contexto do trabalho. “Uma creche para estar juntos” e “A creche não é cabideiro”, estas contribuem para a reflexão de que as escolas e as creches, não são lugares onde os pais largam seus filhos para passar o tempo, elas têm a função de educar nas atividades curriculares e lúdicas, porque o brincar é onde crianças aprendem a conviver a se socializar, aprendem divertindo-se, expondo seus limites, suas ansiedades. As creches e as escolas, na realidade de hoje são lugares onde crianças são cuidadas educadas e orientadas, tem que fazer da escola um lugar para ouvir o aluno e aprender com ele, então, deve participar das brincadeiras das crianças, expressando seus sentimentos, assim a criança desperta para liderança, para a socialização e aprende a compartilhar as coisas. Tudo isso a brincadeira proporciona.
Brincar é mais do que uma simples atividade é uma situação privilegiada da educação infantil, que possibilita que a criança, de maneira prazerosa se divirta e interprete o mundo em que vive. É brincando que a criança aprende a aprender. Assim ressaltamos a importância do brincar na educação infantil, e sempre buscando participar dessa realidade tão bonita.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O devido trabalho fala da importância do brincar na infância, a pesquisa realizada na escola parceira busca perceber, como que para a criança a arte do brincar é tão importante, a brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa para ela movimentar-se e ser independente, assim adquire sentidos, adquire habilidades para usar as mãos e o corpo, vejo que brincando ela relaciona-se com o outro de maneira independente, e desenvolve o físico, a mente, a auto-estima, e torna-se ativa e curiosa, proporcionando a amizade entre colegas.
Então a infância é um dos momentos mais importantes de nossas vidas, nessa fase é que devemos ancorar de todas as maneiras pra que mais tarde não se tornem adultos rebeldes e impulsivos. A lembrança das brincadeiras com os amigos o convívio em família que é a base de tudo, são o que marcam e que jamais esqueceremos, e também é a hora em que estivemos entre amigos numa gostosa brincadeira.

REFERENCIAS


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CHAREF, Mehdi; LUND Kátia; LEE, Spike; ET al. Documentário “crianças invisíveis”. Itália, 2005.

FORTUNA, Tânia Ramos. Porque Brincar Faz Bem á Saúde (até do adulto). In: JORNAL ZERO HORA-Encarte Informe comercial, 25 de novembro de 2009. Porto Alegre, 2009.

MEC. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 2. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 18 de outubro de 2009, 17h30min.
MEC. Secretaria de Educação Especial, Brincar Para Todos, Brasília, 2006
ROSADO, EVÂNIO. INFÂNCIA: Tempo de Brincar e Estudar/ Evânio Rosado. Santa Cruz do Sul: Meridional de Tabacos Ltda. 2005.

TONUCCI, Francisco. Com os olhos de criança. Porto Alegre: artes médicas, 1997.

VYGOTSKI, L.S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. A formação da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p.105-109.







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quinta-feira, 9 de junho de 2011

TODA CRIANÇA TEM SUA INFÂNCIA


Adivane Bresolin[1]


RESUMO
A busca pelo conhecimento da diferença que há entre criança e infância, traz com muita percepção a busca continua por profissionais que estejam aptos a mudanças, sendo que os estudos que tive me fizeram entender que as crianças são todas iguais fisicamente sendo que a diferença esta na infância a forma como a mesma for estimulada, onde muitas vezes acabam despercebidas e prejudicadas.

Palavras-chave: Criança, infância, estimular, competência.


INTRODUÇÃO

Com o objetivo de sermos profissionais competentes, para trabalhar com crianças que frequentam a educação infantil e séries iniciais; sentiu-se necessidade de buscar  conhecimentos que são fundamentais na vida de profissionais que procuram a satisfação de seus educandos. Para tanto, devemos estar sempre em busca de novos métodos e maneiras de conquistar nossa “clientela”. Para tal, devemos conhecer a diferença que existe entre a criança e a infância, pois na vida das crianças tudo pode ser mudado de acordo com as pessoas que convivem, e por quem a mesma é estimulada. Sua vida em sociedade e muitos outros fatores acabam contribuindo para uma evolução ou uma regressão em sua vida social e sentimental.
Para tanto um dos principais meios de alcançar esta satisfação é conhecer a realidade de cada um. Ver em que fase de desenvolvimento encontra-se e compreender como cada um se desenvolve, por estes e outros motivos como não tinha conhecimento do assunto, escolhi pesquisar sobre a diferença que há entre a criança e infância com adjetivo de descobrir como trabalhar com elas, sendo que as mesmas sejam estimuladas, para serem futuramente sujeitos ativos em nossa sociedade.

BUSCANDO O CONHECIMENTO DE TAL DIFERENÇA

Quando buscamos trabalhar com crianças inclusas em educação infantil, devemos em primeiro lugar buscar conhecer a vida das mesmas, a partir do conhecimento de como vivem, com quem vivem e onde vivem, descobriremos quais as necessidades e possibilidade que há de desenvolvimento em cada criança e a partir dai trabalharemos a realidade de cada uma delas, estimulando as mesmas para que sua infância seja desenvolvida, pois como é de nosso conhecimento muitas crianças sofrem por toda sua vida por conta do convívio ou talvez pela falta de estimulo de seus professores e colegas durante o seu desenvolvimento, que acontece na infância.
Neste sentido, a escolha do tema Educação Infantil, teve como maior objetivo, a busca por melhor entendimento sobre a vida das crianças, para descobrir e entender suas realidades culturais, vivências, para tornar mais fácil o trabalho com os mesmos dentro e fora da sala de aula, pois até então não tinha o conhecimento da diferença que há entre a Criança e Infância percebendo que é importante buscar em nossas escolas melhoras quanto ao individualismo, às explorações que temos em nossa sociedade, principalmente quando são crianças de classe baixa, nós devemos buscar  melhoria nas condições de vida de todos os envolvidos.

Estas instituições, assim como toda instituição educacional convive com o binômio “atenção/controle”: ao mesmo tempo em que é dada a necessária atenção as crianças, elas também estão sendo controladas para aprender a viver em sociedade. Cabe garantir que a balança penda para “atenção” e “controle” deverá estar voltado, não para o individualismo, conformismo e a submissão, mas para o verdadeiro aprendizado de vida em sociedade: solidariedade, generosidade, cooperação, amizade. A “dupla alienação” da infância, isto é, a criança rica privatizada, alienada antecipando a vida adulta através de inúmeras atividades; a criança pobre explorada, também antecipando a vida adulto no trabalho, deve ser combatida fazendo da creche um oásis, um lugar onde se torna criança, onde se descobre(se conhece) o mundo através do brincar, das relações mais variadas com o ambiente, com os objetos e as pessoas, principalmente entre elas: as crianças. Assim, ao invés de falarmos no desaparecimento da infância como alguns estudiosos estrangeiros vêm fazendo, poderíamos falar em uma nova descoberta da infância. (Kuhlmann, 1999.p 23).

Através da observação realizada junto à escola parceira, percebo que devemos nos preparar, pois as crianças exigem um profissional que seja polivalente, ou seja, que trabalhe de diversas maneiras para que os mesmos se sintam capazes de se realizar dentro do contexto escolar, sendo um profissional brincalhão, organizado, competente e inovador. Além disso, que traga consigo muito amor, dedicação e respeito para com todos; assim poderão trabalhar de forma com que os alunos adquiram uma educação de qualidade, fazendo com que a mesma sinta o prazer de ser criança desenvolvendo suas possibilidades de aprender e atuar em sociedade, onde o estimulo traz uma Formação, para que Sua infância não passe despercebida como acontece para muitas crianças.
 Neste sentido Sarmento afirma que:

A infância tem sofrido um processo idêntico de ocultação. Esse processo decorre das concepções historicamente construídas sobre as crianças se dos modos como elas foram inscritas em imagens sociais que tanto esclarecem sobre os seus produtores (o conjunto de sistemas estruturados de crenças, teorias e idéias em diversas épocas históricas) quanto ocultam a realidade dos mundos sociais e culturais da criança na complexibilidade da sua existência social. (2007 p.25- 26).

Essas idéias dependem da forma de pensar de cada pesquisador ou avaliador, onde para muitos a infância é apenas uma fase, para outros é o momento em que a criança terá a base para a vida adulta, outros, ainda, vêem a mesma como um adulto em miniatura; sendo que muitas vezes esta fase da vida da criança passa sem ser estimulada para tornar um cidadão capaz de desenvolver seu próprio “eu”.
O interesse histórico pela infância é relativamente recente, a infância aparece muito tarde sendo uma das razões que levam Aires, 1973 apud Sarmento (1997, p.26) afirmar:

[...] a inexistência do sentido da infância, [...] sendo que a infância é um ser em devir, [...] anulando a complexibilidade da realidade social da criança, há uma marginalidade conceptual no que  respeita à idéia ou imagem de infância no passado, [...] a ausência física da imagem infantil é a expressão maior do que Áries designou como ausência de consciência da idéia da infância[...].

Esta fase na vida da criança não é a idade da não fala, pois desde seu nascimento a criança já em múltiplas linguagens não sendo a idade da não razão e nem do não trabalho, de imagens sociais contemporânea da infância afirma a criança como desprovida, ou como portadora de imaturidade social recusando a cidadania da infância política e parcialmente civil.
A infância deve a sua diferença por se reencontrar em diferentes formas em cada criança, pois cada uma tem uma infância que é diversificada das outras, não pela ausência do ser humano adulto, mas pela presença de características distintas, pois pertence a diferente classe social, ao gênero masculino ou feminino, não importando o espaço geográfico, cultura, etnia, todas as crianças têm algo em comum, assim sendo, todas tem o mesmo direito: viver uma vida digna de amor, compreensão e dialogo. Afinal, muitos têm sua infância prejudicada pela desvalorização e desmotivação, onde são interrompidos pela vida bruta que levam.
As crianças são vistas como cidadãos do futuro, no presente são afastados do convívio coletivo salva no contexto escolar, onde são resguardados pela família sendo que a privatização da criança não atinge em totalidade, cabendo a todos valorizar os direitos e deveres dos mesmos. As mesmas são vistas como ser dotado que percorre sucessivas etapas de desenvolvimento, numa lógica cumulativa, linear e progressiva até atingir os estágios cognitivos e morais adultos. O construtivismo pressupõe a infância como sinal de incompletude e imperfeição. A infância é a idade da inscrição direta a problemática da norma social, não sendo suficiente interpretar o pensamento infantil como um sistema reflexivo que importa estudar a partir de si próprio. Não recusa a interpretação pelos adultos das produções cognitivas da criança como sujeito do conhecimento ao procedimento analítico e interpretativo.
Quando observo as crianças, logo me parece lógico que as crianças necessitam de cuidados especiais. No Documentário “crianças invisíveis” podemos observar um contraponto disso. A realidade que ele nos apresenta é outra: onde as crianças muitas vezes são obrigadas a viver a vida de um adulto, acabam amadurecendo de forma drástica, pois precisam ser independentes havendo, então, uma invenção de papeis. Esta parece não ser vista pela sociedade Invisível, já diz o nome. São crianças com responsabilidade de adultos. Quando se trata da realidade de vida que levam as crianças brasileiras, ilustra-se o cenário, que muitas vezes não tem outro meio de sobrevivência, são obrigadas a sair pelas ruas catando latinha, papelão, para sua sobrevivência e por fim ainda são explorados por serem miseráveis e crianças. Mas apesar de levar a vida que levam ainda percebe-se que no rosto deles a esperança, permanece apesar de terem uma infância cheia de problemas eles conseguem trabalhar buscar o seu sustento e encontram uma maneira de aprender, fazer conta, as boas maneiras, brincam, e parece que a maneira como eles fazem estas brincadeiras ela torna boa e eles sentem realizados.
Assim, muitas crianças são motivadas pelos pais para o roubo, outros acabam roubando para sustentar seus vícios. Por isto, sinto a necessidade de incentivo para estas crianças por parte muitas vezes dos próprios pais, que acabam com uma vida dura, e obrigada a amadurecer através do sofrimento de cada dia. Podemos ver no rosto destas uma tristeza enorme, mas nos olhos dos mesmos há uma grande esperança de dias melhores.
Tonucci contribui com a reflexão entre o estudo teórico e a parceria e realizado até o momento, em seu livro Com Olhos de Crianças (1997), as imagens apresentadas nos provocam um movimento de repensar constante. Para tanto, trago algumas destas como forma de complemento ao texto. Optei por duas imagens por achar que estão mais voltadas para a realidade que vejo nas escolas. A primeira que destacada diz que: “A criança tem um corpo e uma história”, e realmente é o que acontece em nossas escolas. Cada criança tem seu corpo, mas cada corpo tem sua história, todos são crianças, mas que levam a vida de diferentes formas, onde uns tem uma infância boa, onde vivem com seus familiares e são motivados para que tenham uma vida com qualidade para brincar, pular, estudar. Já a segunda figura diz que “As crianças são vistas de cima”, para mim quer dizer são vistas como adultos. Que são responsáveis para ajudar nos deveres de casa, tendo desde muito cedo o dever de ajudar em tudo e para tudo. Muitos vivem nas ruas sofrendo, sendo discriminados e rejeitados, sem direito de uma vida digna, sem estudo, sem amor, muitas vezes catando lixo para sobreviver, isto é ter responsabilidade de adulto, não vivendo a infância que é de direito de toda criança.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisar na escola percebe-se que muitos dos profissionais que estão atuando nela não estão preparados para a atual realidade de cada educando, onde tratam todos de mesma maneira, sem perceber que há esta diferença, apenas analisam que sendo de mesma serie ou idade terão a mesma capacidade, pois eles não conhecem qual é a realidade que vive cada educando, nós como futuros profissionais devemos estar atentos para estimular as crianças no decorrer de sua infância, pois é a fase em que as mesmas mais aprendem e é a base para a vida em comunidade,. Percebe-se que conforme agimos com as mesmas, elas repetirão os mesmos atos para com os outros, então se dermos uma fase digna para que desenvolvam uma mente em que “guardem” coisas boas, com certeza no futuro serão cidadão que reconhecerão para com a humanidade fazendo com que o mundo torne um pouco menos agressivo, onde cada um saiba quais são os seus direito e deveres através deles ter a vida necessária para adquirir um futuro brilhante, sendo que após este estudo, da diferença, posso dizer que as crianças fisicamente são todas iguais, porém a diferença está na maneira como ela é estimulada, sendo que muitas vezes é baseada nas condições sociais e culturais a que pertence.


REFERENCIAS


CHAREF, Mehdi; LUND Kátia; LEE, Spike; et al. Documentário “crianças invisíveis”. Itália, 2005

SARMENTO, J.M.Visibilidade social e estudo da infância. IN: Infância (in) visível.

VASCONCELOS, V.M.R; SARMENTO, J. M. (org),ed.Junqueira & Marina, 2007

TONICCI, Francisco. Com olhos de criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

KUHLMANN, Moysés. Educação infantil e currículo. Pelotas.1999.




[1] Aluna do Curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da UFPEL.

Brincadeiras na Educação Infantil


Ivanice Romitti
Minha intenção neste trabalho sobre Brincadeiras na Educação Infantil é sensibilizar as pessoas da importância que os jogos, brincadeiras e brinquedos têm no desenvolvimento infantil. Brincar além de ser uma forma de diversão é também fonte de conhecimento, através das brincadeiras que encontramos a melhor maneira de ensinar, uma criança aprende mais brincando, se envolve em seu mundo imaginário onde tudo fica mais fácil, sua vida passa a ser bem mais simples de ser vivida. Muitas crianças se tornam invisíveis para os adultos, não tem o direito de brincar, estudar e interagir com as outras crianças, muitas vezes é obrigada a trabalhar para poder comer. Os textos de apoio me ajudaram para realizar meu trabalho, mas em sua grande maioria, me detive na própria vida, no conhecimeto que tenho das pessoas, nas situações que convivo em meu dia-a-dia. Este resumo é importante para que as pessoas que forem ler meu artigo conheçam um pouco de sua importância, tanto para a educação quanto para sua vida.   

Eu escolhi a temática Educação Infantil, tendo como subtemática Brincadeiras na Educação Infantil, pois acredito que, brincar faz parte do mundo de uma criança, é sua linguagem natural, com certeza a mais importante delas. Este tema será muito importante, tanto para minha formação quanto para minha vida pessoal, pois minha filha está na fase de brincar e muitas vezes me deparo com algumas situações onde não conheço muitas brincadeiras para ensiná-la.
A brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, através dela a criança pode expressar suas ideias, sentimentos, conflitos e sonhos, mostrando um pouco de sua realidade, e transformando-a através de sua imaginação, desenvolve sua capacidade de comunicação, interação com os demais sujeitos que fazem parte do ambiente escolar e, o mais importante, desenvolve sua auto-estima tornando a criança uma pessoa mais alegre.
As atividades lúdicas causam prazer a quem as pratica, faz com que as crianças gostem cada vez mais do ambiente escolar, são caminhos que contribuem para o bem-estar das crianças.
Observando uma turma de pré-escola de minha escola parceira, escola Municipal Afonso Balestrin, posso dizer que a professora usa o lúdico em tudo, ou quase tudo que vai ensinar para seus alunos.
Lendo os textos de apoio para nosso trabalho, entendi com maior clareza a importância das brincadeiras na Educação Infantil.
De acordo com Vygotski (1991, p.105), em seu texto O papel do brinquedo no desenvolvimento, “não podemos definir o brinquedo como atividade que dá prazer à criança, pois muitas atividades lhe dão mais prazer do que isso e quanto aos jogos quando trazem resultados desfavoráveis às crianças, eles não se tornam agradáveis”.
Este é um trecho do texto que me chamou atenção porque não tinha parado para analisar pelo lado do ganhar e perder, quando escrevi o porquê que escolhi as brincadeiras na educação infantil, coloquei que o brincar torna a criança mais alegre, porém olhando por outro lado na questão dos jogos há duas questões, aquele que ganha e o que perde, com certeza a criança que perde um jogo, mesmo sabendo que é uma brincadeira não se sente feliz, é como nos mostra o texto onde diz que “...existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável...”, (VYGOTSKI, 1991, p. 105).
O texto ainda nos mostra que:
Toda criança se apresenta para nós como um teórico, pois se desenvolve em estágios e precisa de motivações, tendências e incentivos para que ocorra este desenvolvimento, na medida em que vai crescendo ocorre à maturação de suas necessidades, o que interessa para um bebê não interessa para crianças de pré-escola. (VYGOTSKI, 1991, p. 105 e 109).

Ao ler este trecho do texto, recordo-me de minha filha, porque observando suas atitudes consegui entender melhor o texto, desde uma simples brincadeira com ela, alcançar um brinquedo, por exemplo, ela pega, se você pegar outro ela solta o primeiro e quer o outro, se sair deste ambiente com ela, se distrai com qualquer coisa, já uma criança maior fica sempre pensando no que estava brincando e de repente quer voltar, ou usar a imaginação para “fazer de conta” que esta brincando. A imaginação é um processo psicológico novo para a criança, e isso ocorre durante uma brincadeira, no brinquedo a criança cria uma situação imaginária. Não existe brinquedo sem regras, a situação imaginária de uma criança já contém regras de comportamento, seja ela uma brincadeira que já existe ou uma brincadeira com fatos da vida, brincar de papai, mamãe e outras situações. O texto deixa bem claro que “toda situação imaginária contém regras, e todo jogo contém uma situação imaginária” (VYGOTSKI, 1991, p. 109), basta darmos asas a esta imaginação, e para que isso aconteça é preciso que a criança viva em um ambiente motivador, onde os adultos não lhes tirem o direito de ser criança, de brincar, estudar e ser feliz.
O texto Brincar, nos explica que brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento de uma criança, tanto de sua identidade quanto de sua autonomia, através da brincadeira a criança pode se comunicar, desenvolver capacidades como atenção, imitação, memória e imaginação, consegue interagir com as outras pessoas. Como nos diz o texto, “o fato de a criança, desde cedo, poderem se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação”, (Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p.22). Este tipo de situação vivenciamos em nosso dia-a-dia, em nossas famílias, por exemplo, quem tem criança e já foi criança um dia, conhece o “mundo do faz de conta”, as histórias, os sonhos de uma criança. Brincar funciona como um cenário onde crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la, “brincar é uma atividade interna das crianças, onde usam a imaginação e a interpretação da realidade, sem ilusão ou mentira”, (Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p. 22). Este trecho do texto é muito importante, pois sempre escutamos falar que “criança não mente”, e aí está a confirmação deste dito popular, se não quiser que alguém saiba de certos assuntos, não converse perto de criança, pois se alguém perguntar ela vai contar, e contar a verdade sem mentir.
Também temos o texto Jogos e brincadeiras que ensina que “é muito importante que enquanto educadoras tenhamos a consciência de que a criança precisa saber a importância do próprio corpo e do corpo de seus coleguinhas, reconhecendo-o através de jogos e brincadeiras”, (Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p. 45). Este assunto é muito importante para ser trabalhado em sala de aula, pois permite que a criança se descubra enquanto ser humano e entenda as diferenças e igualdades que existem entre uma pessoa e outra. Conhecer o próprio corpo e saber as diferença é muito importante, pois a criança vai crescer sabendo a importância do respeito entre as pessoas. Fazer a leitura destes textos foi muito importante para mim, até para entender um pouco mais a importância do brincar na vida de uma criança.
Com o apoio dos textos sugeridos para entender melhor sobre a importância das brincadeiras infantis na vida de uma criança já consegui entender um pouco mais desta atividade tão importante para os pequenos, imagina agora com o documentário Crianças Invisíveis do Diretor Mehdi Charef. Este documentário nos mostra vários exemplos de acontecimentos com crianças de todo o mundo, em todos eles a infância é deixada de lado, as crianças são induzidas a matar, usar armas, roubar, trabalhar, ao invés de estudar, de brincar como uma criança precisa para se desenvolver com saúde tanto do corpo quanto da mente, estas crianças parecem não existir para estes adultos, não são valorizadas enquanto seres que precisam de atenção e carinho, muitas famílias fazem isso. No ambiente escolar muitas vezes também acontece isso, existe discriminação, por parte de alguns educadores que só estão preocupados com a classe social que a criança pertence, não se interessam de conhecer a realidade dos alunos para depois então julgar certas atitudes que eles tomam em sala de aula.
O documentário abrange a vida de crianças em realidades diferentes, crianças reais que vivem na pele tudo o que nos mostrou o filme, crianças ideais seriam as que não passassem por problemas na infância, que conseguem brincar, estudar, interagir de uma maneira saudável com as outras crianças. Tudo isso acontece por questões sociais, culturais, políticas e econômicas, muitas vezes as crianças vivem assim sem ter escolha, a necessidade os obriga. Acredito que o profissional na área da educação para conseguir lidar com as diferentes realidades infantil, em primeiro lugar tem que ser flexível, saber entender seu aluno, conhecê-lo, motivá-lo, para que consiga crescer tanto na sua vida escolar, mas também na sua vida particular. Cada sujeito é dono de si, tem a oportunidade de decidir, sua situação, e como quer viver, mas muitas vezes isso não acontece. Em quase dez anos de trabalho nas famílias de minha comunidade, passei a pratica primeiro do que a teoria a respeito de minha faculdade. Já me deparei com situação parecida ao Documentário que fala sobre “Song Song e a pequena Gatinha”, a criança não tinha vez de falar não lhe davam atenção, os pais passavam por dificuldades de relacionamento, isso prejudica tanto nos adultos quanto nas crianças, acredito que para uma criança é mais difícil de superar do que um adulto. Muitas vezes a criança esta invisível dentro de sua própria casa, muitos pais não conversam com seus filhos, alguns acham que roupas e calçados bonitos trazem felicidade, se enganam, pois conheço uma adolescente que vivencia isso no dia-a-dia, não é valorizada, não pode sair sozinha, têm de tudo, bens materiais, mas o principal: atenção, abraço, carinho de sua família, ela não tem.
No documentário deu para perceber que mesmo trabalhando, roubando ou matando como aparece o início, todas as crianças têm esperança de um dia poder brincar, de bodoque, boneca, desenhar, escrever, comprar alguma coisa que não tem andar de bicicleta, para isso elas usam a imaginação e alimentam a esperança que um dia isto aconteça. Um trecho que me chamou atenção à respeito disso foi um que um menino no reformatório de crianças diz para outro, “Lá fora não vai ter ninguém para proteger você de certos caras...”, ele preferiu ficar preso do que enfrentar a realidade.
Quando terminei de assistir o documentário pela primeira vez, não consegui agüentar e chorei muito, pensei em muitas crianças que conheço e que para seus familiares se tornam invisíveis, com o corre-corre do dia-a-dia, muitas vezes certas coisas nos passam despercebidas, às vezes, precisamos de algo que nos faça parar e refletir sobre nossa vida e a maneira que estamos levando ela, da maneira certa ou nos tornando invisíveis diante dos problemas que estão na nossa frente, se cada um fizer a sua parte, começando por nós mesmos, com certeza alguma coisa conseguiremos mudar na vida de uma criança. 
Analisando as lâminas do livro Com Olhos de Crianças de Francesco Tonucci, mais uma vez nos voltamos a situações reais, coisas que acontecem dentro e fora do ambiente escolar, na família, na própria sociedade como, por exemplo, a lâmina número 2 A creche não é um cabideiro, este trecho é muito importante para refletirmos, muitas instituições acreditam que uma criança deve ser rígida na questão de horários, ficar quieta num canto, não brincar, pular e se sujar, onde fica a infância desta criança, pois brincar faz parte dela. Outras lâminas que me chamaram atenção são as de números 9 e 10, que mostra uma criança feliz por ter feito seu cocô, a criança é reprimida, chamam algo feito por ela de cacaca, acredito que isso não seja bom para o desenvolvimento da criança, pois ela está passando por fases, transformações em sua vida e toda a vez que for fazer cocô, vai ficar triste, pois estará fazendo cacaca. Este tipo de comportamento em a relação às crianças acontece em quase cem por cento das famílias, acredito que as pessoas acham que isso seja normal e que não vai prejudicar a criança. A lâmina 31 é importante ler com eles, é uma das principais, pois para que a criança tenha o gosto pela leitura, ela precisa ser estimulada, e isso tem que acontecer principalmente dentro do ambiente familiar, criança que vive em ambiente letrado, com livros, revistas e pessoas que gostem de ler vai se desenvolver mais do que as que não entram em contato com este tipo de material antes de entrar na escola. Todas as lâminas são importantes, para entendermos como agir diante de uma criança, como fazer com que ela se interesse pelos seus atos sem impor alguma coisa. Temos que mostra o caminho, e ajudar a caminhar, não oferecer tudo pronto sem que a criança tenha oportunidade de mostrar o conhecimento que possui em sua vida.
Observando minha turma parceira em suas brincadeiras, consegui perceber que brincam de diversas maneiras, como por exemplo: pega-pega, bola, pulam corda, mãe e filha, policial e bandido, basquete, cachorrinho, paça anel, ovo choco, batata quente, cada macaco no seu galho, diabo rengo, gato e rato, essa sim essa não, Terezinha de Jesus, esconde-esconde, amarelinha, também brincam de lutinha, uma brincadeira um pouco agressiva, pois brigam entre si até um cair no chão, de brincadeira mas muitas vezes alguns se machucam. Algum dia vão na praça. E quando chove eles brincam na hora do recreio na sala de aula de dança da cadeira, jogos de montar, realizam leitura de livrinhos sempre com o auxilio de professores, colocam músicas para as crianças escutarem, desenham, pintam. Enfim existem muitas brincadeiras que eles podem realizar, basta darem asas a imaginação. Muitas destas brincadeiras são bem conhecidas, pois eu brincava quando era criança, agora através desta observação que realizei na escola, também fiz uma retrospectiva em minha infância. Acredito que os professores auxiliam as crianças sempre que possível em suas brincadeiras, muitos até brincam juntos, se necessário utilizam material didático, como é o caso dos livros de historinha, jogos de montar, desenhar e pintar.
Cada vez mais estamos aprendendo sobre a importância das brincadeiras na educação infantil, lendo a matéria da revista Nova Escola deste mês de abril, chamada Quanta coisa eles aprendem, consegui entender ainda mais esta importância. Esta matéria nos mostra a importância dos cuidados e atenção que as crianças recebem em creches, como exploram o ambiente onde estão, brincam e se conhecem.  É como nos diz Beatriz Ferraz, consultora em Educação Infantil e coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo, “Não se trata, portanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá-las em seu desenvolvimento” (FERRAZ, 2010, p 42).
 Esta matéria nos explica através de eixos. O eixo Exploração dos Objetos e Brincadeiras baseia-se na idéia de que “brincando a criança desenvolve a capacidade de imaginar, se insere na cultura e na sociedade e aprende a viver em grupo”. É muito importante a criança usar a imaginação, ativar sua mente para coisas que lhe traga prazer, as brincadeiras proporcionam aos pequenos usar a criatividade, imaginar situações e vive-las, sejam elas contadas por historias ou vividas no seu dia-a-dia. Como nos diz a matéria “O faz de conta é o primeiro contato da criança com as regras e com o papel de cada um, aprendizado fundamental para a vida em sociedade.” A criança desde pequena tem que saber viver com as regras, em nosso dia-a-dia vivemos através e regras, só assim saberão o que é permitido e o que não é permitido fazer. Além disso, através das brincadeiras e do faz de conta também desenvolvem sua linguagem e a capacidade de se comunicar com os outros.
O eixo Linguagem Oral e Comunicação trabalha os meios de expressão. A interação no ambiente em que a criança vive é muito importante, é necessário dialogarmos com elas para que possam aprender a se expressar, através de gestos e sons. Assim acontece com a escrita, como nos mostra o trecho do texto que diz “para atribuir sentido a essa prática, os pequenos têm de tomar contato com ela”, ai a importância da criança ser estimulada a usar livros, sejam eles para brincar, olhar as figuras, assim, através do incentivo e da pratica da família a criança vai obter vontade de estudar. A criança que cresce em um ambiente onde os pais e irmãos utilizam materiais didáticos em seu dia-a-dia terá muito mais facilidade para aprender. Os bebês aprendem muito através do dialogo, na creche conversam com professores, demonstram sua alegrias e ansiedades, brincam com os coleginhas, estão inseridas em uma comunidade, com pessoas de famílias diferentes e que acabam influenciando no desenvolvimento das crianças. Na creche eles aprendem as diferenças entre eles, uns pequenos, outros grandes, mais claros, mais moreninhos, esta convivência é muito importante para a formação da personalidade da criança. Desde pequenos começam a entende como se relacionar uns com os outros
O eixo Desafios Corporais trata da experiência humana e cultural. A criança passa a entender o significado de si, do outro e do mundo. Nesta faze “o bebê passa de uma situação de dependência para uma de certo controle, do movimento coordenado a coordenação quase total” como nos explica o texto. A criança com o passar dos dias vai superando seus obstáculos, começa a se movimentar, se rola, arrasta, engatinha, caminha, a cada descoberta é uma vitória, pois conseguimos ver em seu semblante a alegria de conseguir realizar algo. Estou vivenciando agora esta situação, minha filha esta nesta fase de descobertas e superação de obstáculos, o que para nós parece muitas vezes engraçado, rimos dela, ao se levantar em uma cadeira, por exemplo, com seu jeitinho todo desajeitado, forcejando para conseguir, para ela é muito importante, converso muito com ela, explico que é muito importante o que esta fazendo, que esta crescendo e se tornando cada vez mais especial para mim.
Através do eixo Exploração do Ambiente aprendemos à importância e a necessidade que os bebês têm de agir e aprender sobre o que os cerca. São curiosos, colocam a mão em tudo, querem ver e pegar, descobrir tudo ao seu redor. E como o nos mostra o trecho da matéria que diz “Segurando, mordendo, batendo e carregando objetos e matérias, elas começam a perceber que eles existem independentemente de suas ações.”.  É muito bonito ver quando conseguem fazer alguma coisa que antes não conseguiam, querem chamar nossa atenção para mostrar suas conquistas.
O eixo Identidade e Autonomia nos mostra a importância de estimularmos a criança para que possa se perceber como pessoa que aos poucos se torna independente. Ao proporcionarmos desafios à criança ela ira se desenvolver melhor, saberá, da sua maneira, seja ela com sons ou apontando, pedir o que quer ou que gosta, apóia-los e incentiva-los é muito importante neste momento, com isso se sentirão capazes de realizar suas descobertas.
Através da arte a criança desenvolve varias linguagens, no eixo exploração e linguagem, consegui perceber que desenhos, riscos e bolinhas formam sua expressividade, mostra até mesmo a personalidade da criança, da sua maneira eles mostram algo que muitas vezes passa despercebido por nos adultos, até mesmo a agressividade que muitos sofrem em casa. Pintar, desenhar, colar, faz parte do mundo de uma criança, através disso brincam e expressam seus sentimentos e emoções.  É como nos explica o texto, “... as atividades artísticas são importantes no desenvolvimento da identidade a da autonomia.”.
O eixo Linguagem Musical e Expressão Corporal nos explica que “A linguagem musical está presente em todos os momentos da vida e atua como um elo entre gerações de uma mesma família e entre membros da comunidade”. A criança desde quando esta sendo gerada conhece os sons e consegue destingir a voz da mãe, por isso é bom conversar e cantar bastante para ela, com isso se sente mais protegido depois que nasce reconhecem as cantigas que sua família cantava para ela. Além de conhecer a música e aprender o ritmo na medida em que cresce vão aperfeiçoando seus movimentos, a música faz com que a criança se solte e aprenda ainda mais.
Através da matéria Quanta coisa eles aprendem da revista Nova Escola se destacou varias brincadeiras importantes para o desenvolvimento de uma criança, jogo, faz de conta, desenho, pintura, música etc. Tudo isso é muito importante, pois a criança aprende muito mais brincando.
                                                                           







Referências

CHAREF, Mehdi; LUND Kátia; LEE, Spike; et al. Documentário “Crianças Invisíveis”. Itália, 2005.
MEC. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 2. Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 22 e 45. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 28 de dezembro de 2009 as 08h18min.
NALLIN, Cláudia Góes Franco. Memorial de formação: o papel dos jogos e brincadeiras na educação infantil. Campinas-SP. 2005
libdigi.unicamp.br/document/?down=15526.

FONTE, Paty. A Brincadeira e o Jogo na Educação Infantil. Encontrado em:
www.scribd.com/.../A-Brincadeira-e-o-Jogo-Na-Educacao-Infantil.
TONUCCI, Francesco. Com olhos de Criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
VYGOTSKI, L.S. O papel do Brinquedo no desenvolvimento. In: A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 105-109.
REVISTA NOVA ESCOLA. Quanta coisa eles aprendem. Disponível em: www.ne.org.br. Acesso em 26 de abril de 2010.